As mulheres vivem mais do que os homens. Por que isso acontece?
Nos últimos duzentos anos, a humanidade fez grandes avanços no sentido de viver mais, mas a diferença entre o tempo de vida de homens e mulheres ainda é praticamente a mesma.
Um estudo realizado por um grupo de cientistas de todo o mundo foi publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences. No estudo, os autores mencionam o quanto os seres humanos avançaram nos últimos 200 anos em termos de longevidade.
No Brasil, a expectativa de vida atual para homens é de aproximadamente 73 anos, enquanto que para as mulheres é de aproximadamente 80 anos. Isso significa que, em média, as mulheres brasileiras vivem 7 anos a mais do que os homens. Provavelmente é por isso que nós geralmente conhecemos muito mais mulheres viúvas do que homens viúvos, não é verdade?
Por que as mulheres vivem mais?
O fenômeno de as mulheres viverem mais do que os homens é observado em muitas partes do mundo, e há vários fatores que contribuem para essa tendência. Aqui estão alguns motivos frequentemente citados para a disparidade na expectativa de vida:
Fatores biológicos: Em média, as mulheres tendem a ter uma expectativa de vida mais longa devido a diferenças biológicas. Por exemplo, as mulheres têm um sistema imunológico mais robusto e níveis mais altos de determinados hormônios, como o estradiol, o que pode oferecer alguns efeitos protetores contra doenças e condições relacionadas à idade.
Escolhas de estilo de vida: Tradicionalmente, os homens têm maior probabilidade de se envolver em comportamentos de risco, como tabagismo, consumo excessivo de álcool, uso de drogas e ocupações perigosas. Esses fatores podem aumentar o risco de vários problemas de saúde e mortes por acidentes. No entanto, com a mudança das normas sociais, essas diferenças nas escolhas de estilo de vida estão gradualmente se tornando menos pronunciadas.
Comportamento de busca de saúde: Em geral, as mulheres tendem a ser mais proativas na busca de atendimento médico, incluindo exames preventivos e check-ups. Elas podem ter melhor acesso aos serviços de saúde, o que leva à detecção e ao tratamento precoce de doenças. Os homens, por outro lado, podem ser menos propensos a procurar atendimento médico até que sua condição se torne mais grave.
Fatores sociais e culturais: Fatores sociais e culturais também podem desempenhar um papel nas diferenças de expectativa de vida. Os homens podem enfrentar níveis mais altos de estresse devido a pressões relacionadas ao trabalho ou a expectativas sociais de masculinidade, o que pode ter um impacto sobre sua saúde. Além disso, as mulheres tendem a ter redes de apoio social mais fortes e podem estar mais inclinadas a buscar apoio emocional, o que pode contribuir para um melhor bem-estar geral.
Conclusão
Viver mais e melhor depende, em parte, da biologia e da genética. Ainda assim, o estilo de vida, as escolhas diárias, e comportamentos de auto-cuidado são essenciais para todos, homens e mulheres, que desejam viver mais e melhor.